Fidelidade e lealdade são termos diferentes, mas muitas vezes são usados de forma equivocada, especialmente no contexto dos relacionamentos. A principal diferença entre eles é que a fidelidade está relacionada à constância e a lealdade à exclusividade.
A traição está mais relacionada à lealdade do que à fidelidade, pois é possível trair alguém mesmo sendo fiel. Um exemplo para entender melhor seria considerar dois clientes: um é leal a uma determinada marca e só consome aquele produto, enquanto o outro é fiel a outra marca, mas também consome outros produtos. O primeiro cliente é exclusivo, enquanto o segundo é constante em sua preferência.
No entanto, é impossível ser leal e trair ao mesmo tempo, pois a traição é a quebra de um combinado, seja ele justo ou não. Se um casal combina que a relação é aberta, não há traição porque foi combinado. Se um casal determina que somente um dos dois tem o passe livre, desde que seja consentido, continua estando dentro de um combinado. Lembre-se dos contratos de fidelidade de algum plano assinado em uma operadora, por exemplo, pois nada te impede de adquirir outros serviços de outra operadora, contanto que não quebre o contrato da primeira.
Monogamia: Valor cultural ou natureza humana?
A nossa cultura valoriza a exclusividade nos relacionamentos, mas a natureza humana nem sempre é monogâmica. Por isso, cada pessoa atribui significados e intensidades diferentes aos sentimentos, o que pode gerar dúvidas e questionamentos.
Algumas pessoas que traem ainda podem amar a pessoa com quem estão em um relacionamento, o que mostra que a fidelidade não é necessariamente exclusiva. As pessoas têm diferentes formas de sentir, e isso não significa que uma é mais correta do que a outra.
Portanto, não podemos julgar os sentimentos e as escolhas dos outros. A lealdade se baseia em se manter fiel a uma pessoa ou marca, independentemente das circunstâncias, enquanto a fidelidade pode ser constante mesmo com a presença de outras relações. Cada um dita suas próprias regras sentimentais, e devemos respeitar a individualidade de cada um.
