Numa rodinha de conversa entre amigos o sexo é um assunto que se manifesta sem esforços, concorda? Histórias sobre a primeira relação, formas de se chegar ao clímax, algum vídeo com conteúdo adulto que você achou legal ou como aquele encontro foi ruim e esquisito... O sexo envolve uma gama de assuntos a serem tratados e ele está no nosso dia-a-dia mesmo que às vezes a gente não perceba. Por exemplo, aquela amiga que chega animada e disposta no trabalho e te conta que teve uma noite de sexo bastante satisfatória. O sexo como uma ferramenta de desestresse. Ou aquele amigo que havia discutido com a namorada, mas no mesmo dia desfrutaram de uma noite romântica e ficou "tudo bem". O sexo como uma forma de reconciliação. Existem milhares de outros exemplos similares e isso nos leva a um questionamento: até que ponto a nossa vida sexual interfere na nossa rotina?
Segundo a sexóloga Renata Ribeiro, o sexo traz vários benefícios além do prazer momentâneo, envolvendo o bem estar físico e mental, como a melhora da autoestima, a vontade de agradar ao outro, sensação de plenitude e relaxamento, melhora do sono e até mesmo benefícios cardiovasculares, por conta do aumento da frequência cardíaca que ocorre durante o ato sexual.
Sim! O sexo mexe muito com nosso corpo e mente. Será que o sexo é um tipo de âncora para nós? Com todos esses benefícios, será que ele é suficiente para manter um relacionamento, por exemplo?
Na minha opinião o sexo realmente pode "resolver" muita coisa, mas não acho que ele seja a base de algo maior. A sexualidade é extremamente prazerosa, mas sabemos que isso não é tudo.
Para que o sexo continue sendo uma prática gostosa precisamos sempre avaliar nossos limites para que não haja arrependimentos posteriores. Renata Ribeiro explica que "muitas vezes o arrependimento vêm de praticarmos sexo sem nos vincularmos aos nossos princípios e ignorando nossas características pessoais e nossa personalidade". Por exemplo, quando os métodos contraceptivos são ignorados pela influência do(a) parceiro(a) ou de terceiros, ou quando uma pessoa se envolve com alguém que não almeja um relacionamento sério enquanto essa pessoa deseja ser amada e ter um parceiro fixo. Tudo isso pode gerar arrependimentos já que essa pessoa "está tendo atitudes que não estão de acordo com o que ela realmente quer e busca".
Mas talvez o sexo seja uma âncora sim... Para quem é adepto ao sexo casual (onde o sexo é o fator de maior importância) ou até mesmo dentro de relacionamentos fechados, fazendo um casal adquirir mais intimidade ainda, transformando o ato sexual em um aspecto divertido, livre de conflitos.